sábado, 1 de novembro de 2014

Miscigenação brasileira: um contexto histórico e atual


Confira outras questões enviadas para este blog referentes aos textos de Kabengele Munanga e Boaventura Sousa Santos.

Karla Larissa:

1 - Boaventura Sousa Santos, em seu texto publicado na Folha de São Paulo em 21/08/2006, afirma que " Só quem pertence à raça dominante tem o direito (e a arrogância) de dizer que a raça não existe ou que a identidade étnica é uma invenção". relacione esse fragmento com o mito da democracia racial citado no texto do professor Munanga.

2 - Relacione a teoria do branqueamento posta por Viana e citada no texto Mestiçagem e experiências interculturais no Brasil, de Munanga com aquilo que Boaventura chama a atenção quando em seu texto diz que o colonialismo ainda se faz presente no Brasil. 

Carol Miranda:

1 - Podemos perceber a influência do colonialismo na formação da nossa cultura, provavelmente outros campos da nossa sociedade vivem os resquícios dessa época, nos trazendo uma sensação de que esse período ainda não terminou. Quais poderiam ser esses outros campos sociais?

2 - Quais mecanismos poderiam desarticular esse sistema de poder instaurado pelo colonialismo e que perpetua até os dias de hoje? 

Érica Silva: 

1 - " Somos uma democracia racial porque a mistura gerou um povo (...), sem preconceito" (ORTIZ, 1994, p. 41). Boaventura Sousa Santos, em publicação no ano de 2006, faz menção a uma pseudo democracia que dilui a discriminação racial na discriminação social. Considerando ambas afirmações, comente a persistência sociopolítica em negar a existência dos conflitos raciais. Caso não concorde que haja essa negação, justifique sua resposta utilizando argumentos históricos.
 
2 - Kabengele Munanga em seu texto Mestiçagem e experiências interculturais no Brasil apresenta uma pesquisa feita com brasileiros não-brancos  em meados da década de 1980, que resultou num total de 136 respostas quando questionados sobre sua cor. Exemplos: branca-suja, meio-preta, morena clara... Explique a construção desse processo de fuga identitária a partir do pilar de sustentação do colonialismo brasileiro e das posteriores teorias raciológicas. 

Karla Silva:

1 - Freyre consolida o mito originário da sociedade brasileira configurado no triângulo cujos vértices são a raça negra, branca e índia. Diante desta perspectiva Munanga, em seu texto Mestiçagem e experiências interculturais no Brasil (1996, p. 187), afirma que "[...] os brasileiros fogem de sua realidade étnica, de sua identidade [...]". Como podemos no exercício da docência tratar o tema de mestiçagem de forma que forneça aos (às) alunos (as) meios de compartilharem do que o autor chama de busca de simbolismo de fugas que os tornem o mais próximo possível do modelo tido como superior?

2 - Quais elementos podem ser elencados culturalmente que favoreça uma melhor compreensão do que Munanga diz quando afirma que "De fato o preconceito racial no Brasil é um preconceito de cor ou de marca, e não de origem baseado na lei de uma gota de sangue" (1996, p. 190)?




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